Interrogatórios revelam novas evidências de golpe
Redação DM
Publicado em 10 de junho de 2025 às 07:32 | Atualizado há 2 dias
O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início a uma série de interrogatórios que prometem desvendar os meandros da trama golpista que ameaçou a democracia brasileira. O primeiro dia de depoimentos, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, focou em dois personagens centrais: Mauro Cid e Alexandre Ramagem, ambos com ligações diretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Depoimentos impactantes
Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, trouxe à tona informações alarmantes. Ele afirmou ter participado de uma reunião que discutia medidas extremas, como a decretação de estado de sítio e a prisão de ministros do STF. Essas revelações acendem um alerta sobre o grau de planejamento e a seriedade das ameaças à ordem democrática durante o governo Bolsonaro.
Ramagem, por sua vez, negou quaisquer acusações de monitoramento ilegal de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa negativa, no entanto, não apaga a sombra de desconfiança sobre o uso de órgãos de inteligência para fins políticos. A audiência, que durou cerca de seis horas, foi marcada por tensões e perguntas incisivas que buscaram esclarecer as verdadeiras intenções dos réus.
Próximos os
Os interrogatórios continuarão até o dia 13 de outubro, com a expectativa de que os depoimentos de figuras como o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, e do próprio Jair Bolsonaro revelem mais detalhes sobre essa trama complexa. Os réus enfrentam acusações graves, incluindo organização criminosa e tentativa de golpe de Estado, e a possibilidade de penas que podem ultraar os 30 anos de prisão.
A sociedade civil e os observadores políticos aguardam ansiosamente por desdobramentos. As decisões que virão a seguir podem ser cruciais para o futuro da democracia brasileira e para a estabilidade política do país.